Como reagir a essa pandemia de forma inteligente e segura

Gravidez ectópica é o nome dado à gestação que inicia fora do útero, ou seja, quando o embrião implanta e começa a se desenvolver fora da cavidade uterina, também conhecida como gravidez tubária.

 Não acontece frequentemente – menos de 1% das mulheres passa por isso. 

Os sintomas dessa condição costumam ter início entre a sexta e a oitava semana de gestação, mas são semelhantes aos sintomas de uma gestação comum: mal-estar, náuseas e irregularidade menstrual, por exemplo. 

Quando isso acontece, o desenvolvimento da gravidez pode ser prejudicado, isso porque o embrião não consegue se locomover para dentro do útero e as trompas não são capazes de se distender, podendo romper e colocar em risco a vida da mulher. 

As principais causas da gravidez ectópica costumam ser anormalidades, inflamações ou infecções nas trompas, que fazem com que o embrião tenha dificuldade de percorrer o trajeto até o útero.

Ainda que toda mulher corra o risco de ter esse problema, alguns fatores podem contribuir para a gestação ectópica, como ter realizado alguma cirurgia ou ter alguma deformidade na estrutura das tubas uterinas; ter doenças inflamatórias pélvicas ou endometriose; ser fumante; ter doenças sexualmente transmissíveis; uso inadequado do DIU; etc.

 Normalmente, esse tipo de gravidez é identificado até as 10 semanas de gestação numa ultrassonografia, porém pode também ser descoberta mais tarde.

Veja essa imagem que mostra direitinho a diferença de uma gravidez comum a uma gravidez ectópica, e a localização do embrião em cada uma delas.

Saiba as Principais Causas de uma Gravidez Ectópica

A ocorrência da gravidez tubária ou gravidez ectópica pode ser favorecida por diversos fatores, sendo os principais:

  • Cicatriz de uma cirurgia pélvica;

  • Inflamação pélvica;

  • Ter realizado a laqueadura das trompas;

  • Endometriose, que é o crescimento do tecido do endométrio fora do útero;

  • Gravidez ectópica anterior;

  • Usar DIU de forma errada;

  • Salpingite, que é caracterizada pela inflamação ou deformação das trompas de Falópio;

  • Complicações da clamídia;

  • Cirurgia prévia nas trompas de Falópio;

  • Malformação das trompas de Falópio;

  • Em caso de infertilidade;

Além disso, idade superior a 35 anos, realização de fertilização in vitro e o fato de ter vários parceiros sexuais também pode favorecer o desenvolvimento de uma gravidez ectópica.

 Caso o problema não for detectado, a trompa pode romper, sendo chamada de gravidez ectópica rota, que pode provocar uma hemorragia interna e que pode ser fatal.

Portanto ao detectar algum sintoma é importantíssimo a visita ao um médico!

Como posso diagnosticar gravidez ectópica?

O diagnóstico da gravidez ectópica costuma ser feito quando a paciente percebe algo fora do comum, como cãibras ou dores na barriga e na região pélvica, sensação de desmaio, sangramento vaginal ou tonturas e vertigens.

 Alguns sinais e sintomas que podem indicar a gravidez fora do útero incluem a dor de apenas um dos lados da barriga, que vai piorando a cada dia, sempre de forma localizada, e sangramento vaginal, que pode iniciar com algumas gotas de sangue, mas que em pouco tempo se torna mais forte.


 O teste de gravidez de farmácia consegue detectar que a mulher está grávida, mas não é possível saber se é gravidez ectópica, sendo necessário realizar um exame de ultrassom para verificar exatamente onde o bebê está localizado.

Como a gravidez ectópica pode se tornar rota antes das 12ª semana de gestação, não dá tempo para a barriga começar a crescer, de forma suficiente para ser notada por outras pessoas.


 A forma mais comum de se detectar uma gravidez ectópica, é uma ultrassonografia transvaginal, exames laboratoriais, dosagens do hormônio betaHCG. que costuma estar em um nível menor do que o normal.

 Assim, se detecta a gravidez ectópica e a gestante pode começar imediatamente o tratamento para evitar a ruptura do tecido e uma futura hemorragia.

Conheça os principais tratamentos para a gravidez ectópica

O tratamento para gravidez ectópica pode ser feito através do uso do medicamento metotrexato, que induz o aborto, ou por meio de cirurgia para retirada do embrião e reconstrução da trompa.

 O tratamento pode ser feito com medicamentos ou com uma cirurgia, dependendo de quando a gravidez foi detectada e do estado de saúde da gestante.

 O medicamento é utilizado quando os níveis de beta-hCG da gestante são baixos e o embrião não tem atividade cardíaca.

Se o saco gestacional não regredir, o próximo passo é uma cirurgia por via laparoscópica ou cirurgia aberta, semelhante a uma cesariana, considerada como um procedimento de urgência.

Se já houver ruptura dos tecidos e sangramento para dentro da cavidade abdominal, a situação é considerada de emergência, com risco de vida e necessidade de resolução imediata.

 Nesses casos, os sintomas já são muito agudos, com dor pélvica intensa e possibilidade de perda da consciência. 

A cirurgia imediata é necessária para conter o sangramento. 

Consulte com seu ginecologista regularmente e vá ao médico sempre que perceber alguma alteração em sua saúde.

Conhecer o próprio corpo, entender as diversas mudanças que ocorrem e realizar exames de diagnóstico de gravidez precocemente, tais como o hCG e a ultrassonografia transvaginal é muito importante para avaliar se está tudo evoluindo da forma esperada desde cedo.

Quais os riscos de uma gravidez ectópica?

Diversos fatores de risco já foram identificados, sendo alguns deles mais importantes do que outros.

 Na maioria dos casos, o problema encontra-se nas trompas, que por estarem inflamadas, infectadas ou estruturalmente danificadas, fazem com que o ovo tenha dificuldade de completar sua migração em direção ao útero.


Vamos citar alguns dos fatores de risco mais conhecidos, que, em geral, todos eles, direta ou indiretamente, estão relacionados a infecções ou problemas anatômicos das trompas.

Fatores que elevam o risco de uma gravidez ectópica

  •  Inflamação ou infecção ativa da trompa de Falópio (salpingite).
  •  Cirurgia prévia das trompas.
  •  Lesão estruturais da trompa de Falópio por inflamações prévias.
  •  Falhas da ligadura de trompa.
  •  Episódio de gravidez ectópica prévia.
  •  Uso de DIU (o DIU raramente falha, mas quando isso ocorre, o risco de gravidez tubária é elevadíssimo).

Fatores que colaboram para uma possível gravidez ectópica

  •  Tabagismo.
  •  Engravidar com tratamento para infertilidade.
  •  Infecção ginecológica prévia por clamídia ou gonorreia.
  •  Já ter tido um quadro de doença inflamatória pélvica (DIP).
  •  História de múltiplos parceiros sexuais.

Fatores que elevam levemente o risco de uma gravidez ectópica

É possível gerar um bebê nas trompas?

O embrião que se fixa fora da cavidade uterina não é viável e, geralmente, não sobrevive. 

A maioria das gestações ectópicas ocorre na tuba uterina e representa uma situação de risco materno com possibilidade de ruptura da tuba uterina e hemorragia interna grave.

Eu posso engravidar após ter uma gravidez ectópica?

Se as trompas não foram danificadas pela gravidez ectópica, a mulher tem sim novas chances de voltar a engravidar, mas se uma das trompas rompeu ou ficou lesionada, as chances de engravidar novamente são muito menores, e se as duas trompas romperam ou estão afetadas, a solução mais viável será a fertilização in vitro.

Não esqueça, ao sentir alguns desses sintomas procure o seu médico imediatamente. 

Grande abraço e até a próxima!