Como reagir a essa pandemia de forma inteligente e segura

Estima-se que a cada 20 segundos um bebê nasce no Brasil.

Desde o mês de março, quando teve início a crise sanitária com a pandemia do novo coronavírus (COVID-19) no país, gestantes se viram diante de um enorme desafio: dar à luz em meio ao risco de contrair um vírus totalmente desconhecido. 

Dúvidas e inseguranças normalmente acompanham as grávidas, mesmo em tempos ditos normais.

É natural que as preocupações com a gestação, o parto e o bebê aumentem no período da pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

A pandemia da COVID-19 gera muitas dúvidas e preocupações, principalmente relacionadas a possíveis riscos do Coronavírus para a gravidez. 

Para esclarecer as principais dúvidas das futuras mamães e papais, preparamos este material especial!


Gestantes são grupo de risco elevado para COVID-19?


De acordo com estudos iniciais realizados especificamente sobre o novo coronavírus, não foram encontradas evidências de que grávidas tenham maior risco de desenvolver complicações graves da COVID-19.


Entretanto, estudos mais recentes demonstraram que mulheres com idade gestacional superior a 34 semanas e Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 30 apresentaram mais probabilidade de complicações respiratórias no decurso da COVID-19.


Transmissão da COVID-19 da gestante para o feto


Embora a transmissão vertical, ou seja, da gestante para o feto, seja pouco provável, é necessário que haja medidas para prevenir infecções neonatais.

Vários estudos demonstraram que não há transmissão da mãe para o feto, entretanto, existem relatos isolados de casos em que a transmissão da COVID-19 entre a parturiente e o recém-nascido apresentaram probabilidade positiva, com detecção do vírus em extratos placentários.


Apesar de já existir relato de detecção de vírus no leite materno, a amamentação continua sendo recomendada desde as primeiras horas de vida do bebê.

O fato de a gestante necessitar de visitas médicas regulares ou apresentar questões obstétricas no período pré-natal que demandem visitas hospitalares, a expõe a um maior risco de contaminação pelo novo coronavírus.


Assim, as medidas preventivas, como uso de máscaras, cuidados com a higiene das mãos e isolamento social tornam-se de suma importância para esta população de mulheres.

Além disso, as mudanças fisiológicas ocorridas durante a gestação podem deixar as futuras mamães mais vulneráveis a infecções em geral.

Tendo isso em conta, no Brasil, o Ministério da Saúde incluiu as gestantes no grupo de risco. Isso vale para puérperas até duas semanas após o parto, incluindo as que sofreram aborto fetal. 

O novo coronavírus, agente etiológico da COVID-19, tem se propagado no mundo inteiro de maneira rápida, deixando mais vulneráveis, dentre outros grupos, as gestantes.

Diante das complicações para a gestação e o feto, faz-se necessário refletir sobre o estar gestante em tempos de pandemia da COVID-19 e a importância do cuidado profissional, sobretudo de enfermeiras, a fim de superar os inúmeros desafios que permeiam esse contexto.

COVID-19 VS outras infecções causadas por vírus e suas complicações em gestantes


A gestação é um período com diversas alterações fisiológicas, e esse público, durante as infecções causadas pelos vírus SARS-CoV, influenza H1N1 e MERS-CoV, ocorridas em 2002, 2009 e 2012, respectivamente, apresentou complicações diversas, como febre, tosse e dispneia.


Devido ao risco elevado de morbimortalidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou as gestantes como grupo de risco para COVID-19.

Na maioria dos infectados, os sintomas apresentados são leves, a exemplo de febre e tosse seca, porém, em mulheres na segunda metade da gestação, há outros sintomas que podem aparecer com menor intensidade nas gestantes, como fadiga, dispneia, diarreia, congestão nasal e coriza.


Algumas mulheres podem apresentar ainda complicações mais graves, como a síndrome respiratória aguda grave.


A escolha do parto e os direitos garantidos em lei da gestante na pandemia do COVID-19


Tendo em vista esse cenário, muitas mulheres têm receio dos problemas que possam ocorrer durante o período da gestação e no momento do parto, como a possibilidade de transmissão vertical do vírus.


Sobre isso, os estudos ainda não são conclusivos: há aqueles que sinalizam a possibilidade do aparecimento de sintomas semelhantes ao da mãe infectada no recém-nascido; e outros que referem à impossibilidade de rompimento da barreira placentária.


Devido a todas essas informações e incertezas da ciência sobre os possíveis riscos de infecção, é compreensível o medo que as mulheres têm.

Por isso, é importante que elas estejam atentas às fake News, devendo verificar se as notícias proveem de fontes confiáveis.

Soma-se a isso o receio quanto à impossibilidade de escolher entre o parto normal ou cesárea.


A literatura aponta que gestantes com infecção por COVID-19 e que evoluem para um quadro grave associado a uma comorbidade têm probabilidade aumentada de passar por um parto cesariano de emergência ou um parto prematuro, o que eleva o risco de morte materna e neonatal.

Mesmo diante de um cenário adverso, os direitos das gestantes devem ser respeitados, mas algumas maternidades e hospitais, como forma de prevenir a COVID-19, têm adotado o isolamento no momento do parto.

Esta medida diz respeito à não permissão de um acompanhante antes, durante e após o parto, direito esse apoiado na Lei nº 11.108/2005, conhecida como Lei do Acompanhante.


Cabe destacar que essa companhia é essencial para fornecer um apoio para as mulheres, principalmente as mães de primeira viagem.

Pesquisa brasileira aponta que a presença de uma pessoa conhecida pela gestante no parto é capaz de amenizar a dor, promover segurança, bem-estar emocional e físico.

Considerando os efeitos benéficos de um acompanhante, urge que sejam repensadas medidas voltadas para a transmissibilidade da COVID-19 que não reverberem em experiências negativas na vida da mulher.


Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2020a), o acompanhante pode estar presente durante o parto, mesmo que a mulher seja positiva para o COVID-19, com as seguintes ressalvas: 


Não deve haver revezamentos e o visitante não deve pertencer a grupos de risco para COVID-19.

De acordo com os protocolos de saúde, o parto normal pode ser realizado em mães infectadas, caso elas não apresentem nenhuma complicação (BRASIL, 2020b).

É importante que os hospitais e maternidades reconheçam os direitos das gestantes para garantir um cuidado humanizado e seguro.


Para isso, podem ser adotados protocolos de paramentação e outras estratégias de proteção e prevenção, de modo a evitar a infecção do vírus e assegurar os direitos das gestantes.

No período gestacional, além das intensas alterações hormonais, existem questões relacionadas à maternagem, a qual é definida como proteção e cuidado dos filhos, de forma afetuosa e carinhosa, sendo desenvolvida ao longo da vida como próprio da mulher.


Deste modo, vivenciar a pandemia da COVID-19 e estar gestante, considerando não existir consenso entre os estudos acerca da associação de gravidade da doença a esse período da vida, se relaciona a sentimentos de medos e incertezas.


É nesse contexto que os profissionais, sobretudo de enfermagem, necessitam repensar sua atuação de modo a amenizar ou impedir os impactos da doença para o binômio mãe e filho.


Além disso, requer que sejam pensadas estratégias de cuidado que acolham e proporcionem bem-estar às mulheres durante todo o período gestacional.


A relação da depressão pós-parto com a pandemia da COVID-19 


A somatização é compreendida como sintomas físicos de origem emocional, que podem ter origem nos pensamentos disfuncionais e emoções fortes que abalam o sistema psíquico são revelados nas gestantes por repercussões expressas por cefaleia, sintomas gastrointestinais, além de questões de ordem psicológicas, sendo que ambas predispõem e/ou intensificam a depressão pós-parto, que é muito comum em cerca de 25% das brasileiras (Estudo da FIOCRUZ, 2016).


Diante disso, a fim de auxiliar na redução de impactos sobre a saúde mental das gestantes, faz-se necessário que os(as) profissionais estejam atentos(as) aos sinais e sintomas mais comuns, que são: ansiedade, ataques de pânico, culpa, insônia, perda de apetite e falta de concentração.


O olhar sensível e a escuta qualificada são essenciais para reconhecer a mulher nessa situação e, a partir de então, encaminhar para uma equipe multiprofissional.


Levando-se em consideração esse contexto, é fundamental o papel dos enfermeiros tanto na Atenção Primária à Saúde (APS), durante a consulta do pré-natal ou puerperal, quanto na atenção hospitalar.


Vale ressaltar que, no espaço da APS, além do que já é preconizado para o atendimento pré-natal, os cuidados à saúde da gestante devem incluir orientações, desmistificação de algumas ideias preconcebidas e medidas preventivas contra a COVID-19, como a higiene das mãos e das superfícies, o distanciamento social e o uso e confecção de máscaras.


Esses cuidados podem ocorrer em diversos espaços, como em grupos de gestantes e na sala de espera.

É importante destacar ainda que, devido às constantes mudanças que estão ocorrendo na rede de saúde, os desafios que as enfermeiras estão encontrando para gestão e assistência do cuidado estão cada vez maiores, sendo necessário um planejamento maior de novas estratégias para atender às demandas das gestantes.


Dentre essas estratégias inclui um acompanhamentos e orientações virtuais, triagem de classificação de risco, e as consultas e procedimentos de rotina durante o pré-natal, para as gestantes com sintomas da síndrome gripal as consultas devem ser adiadas por 14 dias.


O que muda para as grávidas em tempo de isolamento social por causa do COVID-19?


As orientações de cuidado e prevenção são iguais às da população em geral:

  1. manter o distanciamento social

  2. lavar as mãos com frequência

  3. usar máscaras quando precisar sair de casa

  4. E para gestantes que não apresentam sintomas de gripe, existe uma saída periódica mais que recomendada: a consulta de pré-natal. 

  5. A consulta mensal é importante para acompanhar o estado geral de saúde da gestante, bem como prevenir e tratar quaisquer patologias da mãe ou do feto.A atenção precisa ser redobrada aos sinais de hipertensão e diabetes durante a gestação.De acordo com estudos em mulheres não gestantes, esses quadros aumentam o risco de desenvolver formas graves de COVID-19.

Como citado anteriormente, gestantes com COVID-19 e IMC maior que 30 podem apresentar complicações mais frequentes.

Converse com seu médico: os consultórios devem estar preparados com as melhores práticas de higiene, sem aglomerações, monitorando e isolando qualquer caso suspeito de síndrome gripal.

Há e não se esqueça: também a paciente deverá usar máscara e lavar as mãos antes e depois da consulta.

Gravidas com sintomas de COVID-19

Para as gestantes que estão com sintomas gripais e estejam em isolamento domiciliar, o recomendado é reagendar a consulta para o período posterior ao término do isolamento, 14 dias desde a manifestação dos sintomas.


Em casos de emergência, segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o ideal é que sejam avaliadas em ambiente dedicado ao atendimento de pessoas com sintomas da COVID-19, tomando todas as medidas de segurança. 


A instituição destaca a ajuda que a telemedicina pode oferecer no acompanhamento de casos durante o isolamento domiciliar.

Eventuais casos de internação serão avaliados por equipe interdisciplinar, incluindo infectologistas e obstetras, conforme a gravidade.

A escolha entre o parto normal ou cesariana em espoca de COVID-19


Essa é uma dúvida frequente e deve ser discutida com o médico que acompanha o pré-natal.

O momento e o tipo do parto devem ser individualizados conforme o estado clínico da gestante, idade gestacional e a condição fetal.

Se uma gestante evoluir espontaneamente para parto vaginal, com boa progressão, deve-se permitir esta via natural para o parto.


Segundo a Febrasgo, mesmo em casos de mulheres infectadas pelo novo coronavírus, o parto normal (via vaginal) é o mais indicado.

Em casos de maior gravidade ou insuficiência respiratória, a cesárea deve ser uma opção. 

Com ou sem sintomas de COVID-19, o ambiente hospitalar é o mais adequado para diminuir a morbimortalidade de mãe e bebê.


As maternidades e hospitais adotam normas de segurança e cuidados específicos para redução do risco de transmissão de doenças. 

Além disso, pacientes suspeitas ou confirmadas para COVID-19 devem ser internadas, se possível, em hospitais de referência, para mais eficácia em eventuais complicações para a mãe ou para o bebê.


Posso amamentar mesmo com COVID-19?


A despeito de existir a possibilidade da presença do vírus no leite materno, até o momento, a amamentação precoce segue sendo recomendada.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mulheres que estejam em boas condições de saúde, mesmo com a COVID-19, podem amamentar.

Nesse caso, é fundamental a utilização de máscara e higienização correta das mãos.


Independentemente da pandemia, recém-nascidos devem ficar longe de aglomerações, já que o sistema imunológico deles ainda está se formando.

O ideal, por enquanto, é adiar as visitas e focar nos cuidados com o novo membro da família e a mamãe.

Quais os cuidados com o recém-nascido durante a pandemia do COVID-19

Embora seja pouco provável a transmissão vertical da COVID-19, como já falamos anteriormente, os bebês nascidos de mães com COVID-19 podem adquirir a infecção após o parto.


Atualmente, também não há evidências suficientes sobre a transmissão da doença pela amamentação e a necessidade da separação de uma mãe portadora de COVID-19 e seu bebê.

Se a mãe estiver gravemente doente, obviamente será necessária a separação. Entretanto, recomenda-se a extração de leite materno para manter a produção de leite.


Caso a parturiente seja assintomática ou com sintomas leves, deve-se recomendar a manutenção da amamentação e, se possível, alojamento conjunto.


Como a principal forma de transmissão do vírus se dá por meio de gotículas respiratórias, recomenda-se que as mães que amamentam atentem para a adequada e frequente higienização das mãos, além do uso contínuo de máscaras cirúrgicas com três camadas antes de lidar com o bebê.


Em caso de alojamento conjunto, recomenda-se que o berço seja mantido a pelo menos 2 metros de distância da cama da mãe.


8 passos para que a gestante possa se proteger da COVID-19

As recomendações para gestantes são as mesmas da população em geral: distanciamento social e reforço na higienização.

Redobre a atenção nos seguintes cuidados:

  1. Lavar as mãos com água e sabão frequentemente

  2. Utilizar álcool em gel 70% como auxílio de limpeza

  3. Evitar tocar o rosto com as mãos

  4. Evitar abraços, beijos e apertos de mão

  5. Manter distância de 2 metros de outras pessoas

  6. Dormir bem e manter uma alimentação saudável

  7. Não sair de casa sem necessidade, respeitando o isolamento social

  8. Manter os ambientes devidamente higienizados com álcool 70%, água sanitária ou desinfetantes e ventilados.


O Brasil já está passando por uma fase de flexibilidade do isolamento social, mesmo assim é importante que as gestantes permaneçam em casa e evitem saídas desnecessárias.


Mas atenção! As gestantes devem manter o acompanhamento médico e a rotina de exames pré-natal.

Sou gestante e estou com sintomas de COVID-19, o que devo fazer?

Enquanto não há vacina para Coronavírus, é preciso se atentar aos sintomas que podem indicar a doença.

Caso a gestante esteja com falta de ar, tosse e/ou febre, deve procurar auxílio médico imediatamente para averiguar se há a presença do vírus.

É importante que ligue antes para a clínica e siga as orientações.


Há algum risco de transmissão do Coronavírus via parto ou amamentação?

Até o momento, ainda não há registros comprovados de transmissão do Coronavírus via leite materno.

Nos casos de recém-nascidos em que as mães estavam doentes durante o parto, não foi detectada a presença do vírus no feto ou no líquido amniótico.


Mas, como já dito anteriormente, a infecção ocorre pelo contato com secreções contaminadas, a boa higiene antes e depois do contato com o bebê é essencial para diminuir as chances de transmissão.

Recém-nascidos são considerados grupo de risco do COVID-19?

Crianças recém-nascidas são naturalmente mais vulneráveis a doenças e infecções virais, isso porque, nessa faixa etária, o sistema imune ainda está em formação.


O importante é redobrar os cuidados de higiene e evitar visitas de outras pessoas que não sejam moradores da mesma casa.

Gestantes infectadas pela COVID-19 podem amamentar normalmente?

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, gestantes infectadas pela COVID-19 podem amamentar normalmente o bebê. 


Caso alguma mãe com a doença não se sinta bem para amamentar, esta poderá receber apoio para alimentar o bebê com o leite materno de outras formas, como: extração de leite, relactação e doação de leite materno.


4 Cuidados essenciais que toda mamãe deve ter na amamentação do bebê durante a pandemia do COVID-19


Os cuidados que devem ser tomados na hora da amamentação, são:

  1. Praticar higiene respiratória (cobrir a boca com o antebraço ao tossir ou espirrar) e utilizar máscara o tempo todo

  2. Lavar as mãos antes e depois de tocar no bebê


  1. Limpar e desinfetar as superfícies próximas ou de contato direto com o bebê, diariamente

  2. O contato e o aleitamento materno permitem que o bebê cresça saudável e crie laços com a mãe, portanto, devem ser estimulados e contar com apoio da família.


Quais exames devo fazer durante a gravidez e a pandemia do COVID-19?


A rotina médica de gestantes ou de mulheres que deram à luz recentemente não deve mudar durante o isolamento social.

Os cuidados necessários devem ser mantidos e seguir as orientações médicas é crucial nesse momento.

Os exames que devem ser mantidos, são:

  1. Pré-Natal, que é a assistência médica prestada durante os 9 meses de gravidez

  2. Ultrassom

  3. Exames ginecológicos, de acordo com as orientações médicas

  4. E hemograma


Caso seja uma gravidez de risco, o médico poderá pedir exames específicos para averiguar qualquer complicação.

Conheça quem são as pessoas consideradas grupo de Risco da COVID-19

Fumantes, asmáticos, hipertensos, diabéticos e idosos. De maneira direta, esses são os principais grupos de risco do COVID-19 por serem mais suscetíveis a contrair a enfermidade.


Pessoas com doenças debilitantes têm menor capacidade de frear o novo coronavírus, aumentando o risco de ele atingir os pulmões e provocar pneumonia.

Por essas e outras é muito importante que todas as pessoas, sejam elas do grupo de risco ou não, cuidem bem da imunidade, afinal, todos estamos sucessíveis a contrair ou transmitir uma gripe.


Porém, de nenhuma maneira se trata de uma gripe comum, longe disso.


Confira abaixo o porquê alguns grupos de risco estão mais vulneráveis à doença do novo coronavírus


  • Fumantes

Os tabagistas já possuem a capacidade pulmonar prejudicada pela exposição a substâncias nocivas do cigarro, o que favorece o aumento de doenças pulmonares como enfisema pulmonar e bronquite crônica.


Como o pulmão já está debilitado, as chances de desenvolver a COVID-19 é bem maior do que uma pessoa que não fuma ou não possui doenças pulmonares.


  • Asmáticos

A asma é uma doença que provoca deficiência respiratória e deixa os pulmões mais sensíveis, favorecendo o aumento da falta de ar e secreção nos pulmões.

De acordo com médicos especialistas, o vírus aumenta os sintomas respiratórios, além de contribuir para o aumento de crises de asma.


Por causa disso, o paciente fica extremamente debilitado e com mais sintomas do quadro respiratório.


  • Hipertensos

Pacientes com problemas no coração estão mais expostos ao vírus porque algumas substâncias que o órgão produz para combater a infecção podem deixar o coração mais fraco.


Especialistas explicam que o vírus usa o mesmo receptor que os remédios para hipertensão da classe inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensinogenio) para invadir as células, facilitando uma infecção mais grave.

Vale lembrar que não existe nenhum tipo de orientação para substituição ou suspensão destes remédios e a relação ainda está sendo estudada por pesquisadores.



  • Diabéticos

O diabetes é um fator de risco para várias infecções.

A doença mexe com o sistema de defesa do paciente e, por isso, ele fica mais suscetível a pegar coronavírus e desenvolver a COVID-19.


O que já sabemos sobre o novo coronavírus (COVID-19)?


De acordo com o Ministério da Saúde, o coronavírus é uma família de vírus que causa infecções respiratórias.

O novo coronavírus (COVID-19) tem como principais sintomas conhecidos a febre, tosse e dificuldade para respirar.

O período de incubação é o tempo que leva para os primeiros sintomas aparecerem desde a infecção por coronavírus, que pode ser de 2 a 14 dias.

De uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas.


É possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas, mas a duração do período de transmissibilidade ainda é desconhecida para o coronavírus.

As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo.


Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.

É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada.


A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.


Conclusão


Ainda há muito o que se definir sobre a doença especialmente em gestantes e recém-nascidos, mas à medida que a pandemia se expande, informações adicionais poderão ajudar no melhor entendimento fisiopatológico da doença, formas de transmissão e consequente melhora no diagnóstico precoce e tratamento.

No momento sabe-se que a prevenção é a melhor forma de controlar a propagação da doença!